ALUSÃO AO HINO BRASILEIRO
Joaquim Osório escreveu, Francisco Manoel tocou, os dois cheios de Positivismo, a doutrina da Ordem e do Progresso. Inspirados em Comte, que defendia “é preciso organizar, fazer crescer o bolo para depois repartir” também palavras do general militar.
A independência do Brasil é uma historia forjada: escolheu-se um lugar ermo para iniciar a farsa. Dizem que havia um Riacho e plantações, o riacho não era tão plácido assim. Quem era o povo heróico, bravo? - Pois não participaram do processo de independência do seu país. Um grupo de intelectuais, políticos e militares planejaram nosso futuro. O sol da liberdade não brilhou para negros, escravos, mulheres, e crianças, nem para pobres...
Eles deveriam distribuir a riqueza, libertar os escravos, dar direitos à mulheres, melhorias para a população. Por que nada fizeram: eram donos de engenho, latifundiários, precisavam de mão de obra – precisavam escravizar. O penhor da igualdade ainda hoje é um sonho distante: 30 milhões de excluídos é o saldo desse feito. Uma pequena elite agrária conseguiu conquistar com braço forte e criminoso, nem sempre tão justo.
O Brasil abandonado por D João só restava alguém governar – os filhos do Brasil ficaram de fora. Pois em teu seio não houve liberdade de expressão, voto, voz ou vez. A situação da escravatura que durou até 1888. Salve essa pátria – tão amada pelos estrangeiros, banqueiros, multinacionais, interesses imperialistas, desde a industrialização do açúcar, transporte de pau-brasil, etc... já tantas vezes fomos roubados...até hoje.
Brasil um sonho intenso que jamais se conquistou. Nem Mesmo a Lei áurea deu jeito. Os negros perderam o alimento que o escravocrata dispunha, ficaram na rua pois jamais poderiam voltar ao aconchego da senzala, ou mesmo ter um dono, nem roupa nem pão - agora indigentes ao relento.
Mas com o peito cheio de amor e esperança descemos à sepultura aguardando dias melhores, até quando... Se a esperança é a última que morre morremos em ela encravada no peito.
Somos ricos em natureza temos sol, florestas e rios, céu límpido e risonho. Falta sonhos... Pois essa riqueza ainda hoje mal distribuída, cedo foi tomada dos índios, poucos tem (teve) acesso a ela. Contentamos com o Bolsa Escola – era melhor ter emprego e renda, financiamentos, incentivos governamentais. E nada. A imagem do dinheiro é que resplandece...Precisamos que a bandeira da educação erga-se bem alto e mais pobres conquiste patamares sociais elevados. O sol da justiça brilhe para os 30 milhoes de excluidos do Brasil e não apenas para um grupo seleto.
Gigante, que precisa sair do 3º mundo, ensaiar passos no grupo dos 20 e até dos 7 mais ricos do mundo, poderia até ser o primeiro. Ès belo! poderia ser forte em igualdade. Não podemos continuar sendo o país do futuro. porque esse é agora. Queremos desfrutar nossa grandeza. Aumentar a percapta, o PIB, crescer no IDH. Vamos sonhar juntos e com os pés no chão.
Os filhos(índios) desta mãe gentil foram banidos, encurralados, esmagados, hoje são poucos acuados pela pobreza.
Que elite é essa que deita eternamente em berço esplêndido!? - coronéis, latifundiários, malcarater, e até mensaleiros agindo na calada, mas tudo filmado não podem esconder. Ao som da injustiça e a luz da impunidade.
O ciclo vicioso da educação que perpetua o discurso das classe dominantes - à visão dos meios de comunicação, patrimônio das elites políticas, nossos! ”representantes”.
Nosso céu tem mais estrelas, a terra em se plantando tudo dá, já dizia Pero Vaz. Mas com rios poluídos pelas indústrias, desmatamentos, inundações planejadas, pastagem e o Plantation, salve o meio ambiente. Somos o povo irmão do Jegue, o jegue não merece tamanho ultraje. idéias do Vieirismo.
A Pátria idolatrada por força da partida de futebol, wols, itau e scol. essa cultura tem descido “redondamente” pelas novas gerações, onde vamos parar?
Brasil, somos o símbolo da desigualdade, analfabetismo, mortalidade infantil, desemprego, crise mundial, concentração de renda, escândalos na vida e na política. A glória do passado é relembrada pelas elites que apossaram-se da riqueza e meios de vida da população nativa, no caso o índio.
As cores da bandeira só são enaltecidas por certos canais de TV em dia de futebol. O sonho de ser um país de justiça nunca se realizou - a clava forte só funcionou na caça ao negro na savana africana nos primeiros séculos da Idade Moderna. A empresa do açúcar só funcionava se a Mãe África disponibilizasse braços gratuitos. Uma empresa de seqüestradores se formou no Atlântico Os filhos da África foram arrancados do seu solo. 300 anos de escravidão assolou a vida de uma nação – a africana para sempre.
Hoje é uma utopia para os excluídos deste país. O sonho brasileiro é utópico, não perdemos a esperança. Acreditemos se ainda tivermos esperança.
A nossa riqueza veio da injustiça, da força roubada da África As elites comem disso. Depois uma gama de políticos cuidam da manutenção de privilegio - lembra da “política café com leite”? Agora é possível entender a misteriosa riqueza do Sudeste. Em 30 surge o “pai dos pobres e mãe dos ricos” a mãe cuida melhor..
O período militar ou “idade das trevas” foi uma demonstração do temor que as elites tiveram de que o povo participassem de fato da vida política do país. 21 anos (1964-1985) finalmente passou. Em 88, uma luz no fim do túnel, A Carta Magna Constituinte, muitos direitos universais e organização da vida social, política e econômica, burocrática e educacional direcionou a novos patamares a razão de ser de um projeto chamado Brasil que começara a 500 anos. Agora clamo por um direito que é fundamental, e infelizmente precisa ser escrito em algum Artigo constitucional: Falo do direito a vida digna, política de responsabilidade social do Brasil com os filhos bastardos da pátria, menos favorecidos que há mais de cinco séculos clamam por justiça social e um lugar ao sol.
quinta-feira, 25 de março de 2010
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O texto na verdade inspira qualquer pessoa que tem um senso crítico. Esse texo é muito bom.
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