JOAQUIM SIMÃO EM BAIXA GRANDE

JOAQUIM SIMÂO EM BAIXA GRANDE

Zé Simão Nunes neste tempo
Ele comprou um terreno
No Sitio Baixa Grande
E não era tão pequeno
Casou-se com Bastiana
E foi seu conhado sereno

Em toda essa região
Acabou todo fracasso
O terreno que Zé comprou
Era muito grande o espaço
E o senhor Joaquim Simão
A ele vendeu logo um pedaço

1,111 tarefas
De terra Joaquim comprou
Inverno bom e tudo mais
Joaquim Simão se casou
E no sitio Baixa Grande
Seu Joaquim edificou

Basteana Com Zé Simão Nunes
Luiz casou com moçinha
José Simão da Silva casou
Com a senhorita Dorinha
Joaquim casou com Josefa
Que o apelido era pretinha

Henrique Vieira morreu
Raimundo Mariano viajou
Pra o estado de Paraíba
E por lá anos ficou
Até que chegou o tempo
Com Francisca ele casou

Depois de construir família
Começou o desespero
Na seca de 58
Sem recurso financeiro
Voltou para o ceará
Pra morar em Juazeiro

No ano de 59
Era grande a precisão
Doente e passando fome
Sem ninguém ter compaixão
Raimundo foi a Baixa Grande
Suplicar o Joaquim Simão
Joaquim mandou Celso de Matos
Que tinha dinheiro e coragem
No outro dia cedinho
Ele pegou a rodagem
E trouxe Raimundo Mariano
Com toda sua bagagem

Ao chegar em Baixa Grande
Acabou-se o sofrimento
Deu de presente uma roça
Que tinha todo alimento
Então ele foi morar
Na casa do aviamento

E nunca mais lhe faltou
Muita comida no prato
Esse é um currículo da vida
Tudo que digo é exato
A mesma coisa aconteceu
Com expedito Luiz Moura to

Cada dia que passava
Mais era só de bondade
11 anos Raimundo
Foi só de felicidade
Joaquim Simão ele fez
Um milhão de caridade

Neste tempo Joaquim já tinha
Maria da conceição
Maria do Socorro e Antonio
Zezé príncipe do padrão
Maria de Lurdes e Francisco
Fora os que Deus tirou do chão

Joaquim tinha uma equipe
De trabalhador afamado
Zé Pereira Nilo e Matheus
Hominho Missias e Felizardo
E tinha Cícero Pereira
Que era o Rei do pesado

E Joaquim com este tempo
Vivia na correta trilha
Zezé por conta do Gado
Pretinha incentivava a família
Tinha duas vacas bonitas
Era bolina e Maravilha

E os tempos foram passando
Nos seus direitos corretos
Socorro casou com Jesus
Já lhe trouxe mais afeto
A natureza divina
Já foi lhe mandando neto

Imensa felicidade
Que todo mundo ali tinha
Mas Deus lá do paraíso
Já preparou uma vinha
E a virgem da conceição
Veio e levou dona Pretinha

SOLIDARIEDADE DE JOAQUIM SIMÂO

Foi uma tristeza em geral
Era de cortar coração
De lembrar de sua esposa
De concelho e oração
As lembranças ficaram gravadas
No peito de Joaquim Simão

Vestiu o coração de luto
Em lembrar de suas bom danças
Partiu o terreno correto
Dando a os filhos uma esperança
E a cada filho que tinha
Compartilhou com a herança

E continuou plantar
Milho fava e feijão
Amendoim mamona e andu
Mandioca e algodão
E nunca faltou dinheiro
No bolso de Joaquim Simão

Os seus trabalhadores honrados
Assilom Costa e Arão
Zé de Posse Adauto e Mariano
Antonio Dias e Adão
Jesus Juéte e Gonou
Também tinha Antonio Simão

E lá Francisco morreu
Foi grande a lamentação
Uma tragédia inesquecível
Causou admiração
Um luto cobriu o outro
No peito de Joaquim Simão

Mais pra matar a saudade
Não deixou de trabalhar
Ia a pé pra Baixa Grande
Pra os tempos recordar
Mais uma roça de mandioca
Não deixava de plantar

Essa história é em homenagem
A família Simão inspirada pelo o poeta cordelista
José Mariano Meu site

opoetacordelista.blogspot.com