quinta-feira, 2 de julho de 2009
Joaquim na SECA DE 58
Na seca de 32
Do estado pernambucano
A procura de Simão
Era só gente chegando
Chegou Henrique vieira
Com Raimundo Mariano
Veio 7 chefe de família
E ficaram ali todos juntos
E todos comendo croata
E nada ali era muito
E o mais difícil dali
Era pra enterrar um defunto
Quando adoecia uma pessoa
Tinha que se prevenir
Joaquim Simão era o chefe
E ordenava tudo ali
Morria ia enterrado
Em Santana do Cariri
Mas Simão Zinho conversou
Com o santo de Juazeiro
Ele ordenou que fizesse
Na chapada um bom cruzeiro
Substituindo o campo santo
Para enterrar os companheiro
Foi feito tudo direito
Conforme ele queria
Na região do cariri
Ouve grande epidemia
Que morria tanta gente
Que os cemitério não cabia
De Crato pra Juazeiro
Cavaram logo um valado
Para jogar os corpos
Dos pobres necessitados
Então podia vim gente
Com mortos de todo lado
Aquela grande epidemia
Doenças que contaminava
Não existia remédio
Nem recurso nem vacina
Só tinha o poder de Deus
E aceitar a disciplina
Em toda essa região
Só se falava em tristeza
E no sitio Tabuleiro
O pão corria da mesa
E o jovem Joaquim Simão
Era o pai da pobreza
Joaquim trabalhava muito
Desde da planta até a broca
Milho fava feijão andu
Plantou roça de mandioca
E com um pote ia buscar água
Nas cacimbas da Taboca
Na casa grande muita gente
Joaquim Simão combinou
Cavaram logo um açude
E o inverno melhorou
Foi uma fartura tão grande
Que muita gente enricou
As comidas do mato acabou
Que dava até dilatação
Chegou legumes das roças
Enriqueceu a região
Já foi no ano de 40
Quando chegou a um padrão
O jovem José Simão
Já deixou as gafieiras
Dedicou-se a construção
E fazer casas em Altaneira
Fez mais de 50 casas
Fez mercado e botou feira
Era muita moça e rapaz
Tudo era animado
Aquela rapaziada
Com a força do milho assado
Era tanto pum naquela casa
Que estrondava no telhado
As moças do tabuleiro
Loucas por Joaquim Simão
Era todinha e Salú
E Maria mergulhão
Tão feia que parecia
Com a vó da mãe do cão
E a vizinhança adorava
Todo mundo era humano
Muitas brincadeiras e palestras
Era o cotidiano
E zifina apaixonada
Por Raimundo Mariano
Era uns rapazes critiqueiros
Umas moças apaixonadas
Cantador de coco e pife iro
Para as moças a gargalhada
São Gonçalo e tertúlia
E serviço de farinha da
Mais Joaquim Simão foi diferente
Não gostava de diversão
Logo ele foi criado
Dentro da religião
Todo tempo ele tirou
Novena e renovação
Com tantos transtorno e bom dança
Nunca parou de estudar
Dedicou-se a seus livros
Supletivo particular
Se fosse hoje era digno
De passar no vestibular
Estudou bem português
Matemática e geografia
História e conta de juro
Foi sua categoria
Problemas e algarismo humano
Ciência e geometria
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