quarta-feira, 10 de junho de 2009

notempo da minha infancia

Usava óleo de mamona
para o cabelo conservar

E a raspa de juá
Era a pasta da dente
E também a nossa escova
Era o dedo da gente
Medo de todo tamanho
De noite não tomava banho
Para não ficar doente

Mulher estava gestante
E para ganhar o filho
Não agüentava mas a rede
Existia um empecilho
O marido metia a cara
fazia a cama de vara
E o colchão de palha de milho

Muito capão no chiqueiro
E os cuidado do marido
Quarenta dias de dieta
Com o menino nascido
Pra não ter susto de nada
Era a cabeça amarrada
E algodão nos ouvidos

Nenhum comentário:

Postar um comentário