quarta-feira, 24 de junho de 2009

A MEDICINA QUE ATERRA TEM

Eu conversando com um amigo
E nessa entrevista vi
Seu José Teles Sobrinho
Em 54 saiu d` aqui
E foi mora em missão
De Aruá no Piauí

Ele morou em uma aldeia
De índio fundamental
Eram grandes agricultores
Todo era natural
Até a medicina deles
Era feitas do vegetal

Zé Teles não gostou muito
Das idéias que não lhe convinham
Leandro o chefe da aldeia
Tinha outra aldeia vizinha
De Diogo,um outro chefe,
E mais experiência ele tinha

Ele recebeu Zé Teles
Com as forças divinais
Deu serviço e ensinou
Dos mais lindos vegetais
Ensinou todos os remédios
Sobre as coisas naturais

Ensinou pitanga que serve
Para ameba e mal estar
Babosa pra hemorróidas e vesícula
Aroeira pra hérnia é sem par
E pra ovário de mulher
E começou a ensinar

E o coração negro
É pra sinusite
Flor de camará pra infecção
De dente de criança acredite
E casca de angico e catingueira
É quando começa o bronquite

Maliça serve pra Aids
Semente de sucupira
É pra câncer de garganta
Que parece até mentira
Quixabeira pra quebradura
De osso que não estira

Sachafran pra pedra nos rins
Folha de cana pra pressão
Braúna pra dor de cólica
Batata de pulga é pra verme irmão
Rozamélia para o estômago
E foi mais informação


Rosa Papola é o remédio
Para passar anestesia
Raiz de taboa machucado
Serve bem pra anemia
Leite de manga e caju
Pra ferida cancerosa Deus cria

Tem a grama de jardim
Para escorrimento de mulher
Água de coco verde limpa a pele
Pra qualquer um que tenha fé
Tudo é do clima do sol
Para o colesterol
Mamão maduro e água de coco é

Ameixa pra ulcera crônica
E para cegueira na vista
Café de semente de catingueira
Jucá pra diabetes está na lista
E para câncer de próstata
Bananeira d` água pra quem gosta
E algaroba que me conquista

Pra o sangue casaca de Caroba
De molho pra controlar
Raiz de japecanga e velame
Pra reumatismo é sem parte
E gazula de algodão
É pra dor de ouvido então
Você pode acreditar

Pra inflamação nas amídalas
Do cravo do reino um chá
Do intestino raiz de Embu
Diogo foi ensinar
Pra masculino e feminino
Pra estalecido é quinaquina
O tanto que possa usar

Pra gripe e rins é quebra faca
E pra dar fortificação
No sangue é suco d jambo
Mel de uruçu pra desnutrição
Principalmente criança
Essa é a esperança
De encontrar a solução

Flor de zabumba e angico
É remédio pra bronquite
Enxaqueca é chupar cajarana
Tudo isso eu acredito
Nem que todo mundo mangue
Mais pra suspensão de sangue
É angélica no seu conflito

Pra reumatismo ambulante
É o óleo de linhaça
Chá de capim santo e vinagre
Pra gaz que lhe ameaça
Prazer de todo tamanho
Favaca e arruda é pra banho
De limpeza e é de graça

Italiana câncer de útero
Abelha branca seu mel é prata
Capuxu e manda saia
Breu munduri faz serenata
Mel de mumbuca é pra dar sono
Toda abelha tem dono
Jandaíra é a dona da mata

Cupira enxu verdadeiro
Jati capa branca é fera
Boca torta cafinfim
Enxu de chapel já era
Moreira que vá pra lá
E o mel de arapuá
É bom pra doenças venéreas

Sanharó enxu caboclo
Mosquito de catingueira
Brabo ou manso e tataíra
E as vezes nós por brincadeira
Nós construímos um dano
Nem estamos nem lembrando
Que os remédios são de primeira

E tudo que a terra cria
E Deus lhe cobre com a manta
E tem o zumbi da noite
que muitos animais encanta
Tudo parece mentira
que o mel da jandaíra
É próprio para a garganta

E tudo o índio ensinou
A medicina dos vegetais
Tudo ensinou direitinho
Sobre as ervas naturais
Tem muita coisa pra frente
Que pra curar muita gente
É com as artes espirituais

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