quarta-feira, 8 de abril de 2009

È O QUE TEM NA MINHA TERRA

È no corte do machado
E no soco da inchada
È no ronco do trator
Cortando terra molhada
È na mulher vaidosa
Deixando a casa arrumada

È no grito do vaqueiro
Entrando em mata fechada
È no vacinar do gado
E na bezerra ferrada
Nos cuidado da mulher
Fazendo queijo e qualhada

È nas noites de são joão
E nas fogueira arrumada
È no matar do suíno
Da batata e da buchada
É no som de uma sifona
E festa comemorada

É no tom de uma viola
Numa noite iluarada
E um poeta violeiro
Tocando lindas toadas
Improvisando repente
Pra toda rapaziada

É no cantar do galo
Anunciando a madrugada
E é no vento da chuva
Despertando a passarada
É no claro de um relâmpago
Nas primeiras trovoada

É também nos pirilampos
Cruzando pela estrada
É no caçador de tatu
E a caipora apavorada
É na caçada de viado
Numa espera aprumada

É no batuque do pilão
É é das mãos calejadas
É da mãe de família
Cuidando na filharada
É no homem carinhoso
Com sua mulher amada
É no cheiro da floresta
De uma terra adorada
É no pequeno agricultor
Com sua roça alimpada
É no turista romeiro
Com sua graça alcançada

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